A Escola Chinesa dos Estrategistas no Brasil: uma revisão literária

Pintura de Zhang Da Zhong

De todas as obras chinesas traduzidas para o português, o Sunzi Bingfa 孫子兵法– conhecido como A Arte da Guerra de Sunzi 孫子[séc. -5?] é, com certeza, a mais divulgada e conhecida. Em minhas pesquisas para esse ensaio, contabilizei mais de trinta versões atualmente disponíveis em lojas virtuais de livros, além de duas de domínio público. Tamanha quantidade não se expressa diretamente em qualidade, e não dá uma ideia precisa da recepção que a obra de Sunzi tem em nosso público.

Do mesmo modo, há uma certa fixação em traduzir a obra de Sunzi, mas se desconhecem as traduções de outros textos estratégicos chineses no Brasil – com a rara exceção de Sunbin 孫臏, como veremos adiante. Tal consideração revela alguns problemas acerca de como nossos pensadores recebem a obra de Sunzi, quais os seus propósitos, e que lições extraem delas.

O que pretendo, nesse texto, é analisar algumas traduções do Sunzi Bingfa, dimensioná-las em nosso contexto literário e intelectual, e ainda, analisar alguns aspectos relativos ao que seria a ‘Escola dos Estrategistas’ e suas outras produções, tendo em vista ampliar o debate sobre esses escritos chineses em nosso país. Ademais, indicarei os tradutores originais do chinês, e citarei apenas as obras colhidas no Brasil, de modo a estabelecer esse panorama. 

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